Dia 19.01 às 19h serão inauguradas as mostras individuais e simultâneas “Onde Estão Minhas Obras?” do artistas Bruno Faria (Recife, 1981) – com curadoria de Clarissa Diniz – e “Sala de Jogar e Outros Campos Minados” do artistas Marcio Almeida (Recife, 1963).
“Onde Estão as Minhas Obras” do artista Bruno Faria – com curadoria da curadora e da crítica de arte Clarissa Diniz – parte de um olhar sobre a história e memória da própria instituição. Antes de ser Museu, o Mamam, era uma galeria de arte: primeiramente Galeria Metropolitana de Arte do Recife, depois Galeria Metropolitana de Arte Aloisio Magalhães, até sua configuração atual.
A exposição com título “Onde Estão as Minhas Obras”, parte de um acontecimento presenciado pelo próprio artista, em 1999, quando na abertura da individual do artista Arthur Ohmar, as obras deste não chegaram a tempo da abertura da mostra, perdendo-se no trajeto Rio de Janeiro/Recife, por um erro da transportadora que terceirizou para uma outra empresa o transporte das obras em um caminhão de transportes de galinhas. Durante a abertura, Arthur Ohmar revoltado causou uma grande euforia pixando as paredes do Museu.
Para a exposição, Bruno Faria retoma esse fato apresentando uma instalação desenvolvida especialmente para a mostra, que ocupará todo o piso térreo do Mamam.
A exposição individual “Sala de Jogar e Outros Campos Minados”, esse ano, comemora 30 anos de trabalho do artista Márcio Almeida e é um recorte dos últimos anos de sua produção artística.
Os trabalhos foram desenvolvidos em variados suportes: desenhos, objetos, fotografias, vídeos, instalações, inclusive algumas também destinadas a intervenções urbanas, seu olhar e interesse concentram-se em temas do comportamento humano ligados à noção de deslocamento, transitoriedade e pertencimento, naturais da condição humana. Direciona seu foco, também, para questões de geopolítica e de ocupação do espaço urbano.
A partir de 2003, vem desenvolvendo pesquisa, a que chamou “Deslocamentos Compulsórios”. Define-os como situações nas quais os indivíduos são levados a deixarem os locais onde vivem por força de agente externos, sejam eventos climáticos, políticas habitacionais, asilos políticos, conflitos afetivos entre outros. A mesma base conceitual desenvolvida na produção dos objetos, esculturas e instalações, aplica-se aos desenhos. A articulação dos materiais, por vezes pouco convencionais, e o próprio fazer artístico deixam transparecer, também aqui, a noção de hibridismo. Rompem-se limites, na medida em que a matéria dos trabalhos transcende o uso que dela se faz comumente, transformando-a em obra de arte, proporcionando, assim, experiências estéticas.
SERVIÇO:
Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam)
Endereço: Rua da Aurora, 265, Boa Vista, Recife/PE CEP: 50050 000
Abertura: 19.01.2017, das 19h às 22h
Exposição “Sala de Jogar e Outros Campos Minados” de Márcio Almeida, 1º e 2º andares
Exposição “Onde Estão as Minhas Obras” de Bruno Faria, térreo
Duração: 20 de janeiro a 5 de março de 2017
Horário de visitação: segunda a sexta, das 12h às 18h, sábados e domingos, das 13h às 17h
ENTRADA GRATUITA
AGENDAMENTOS: as visitas educativas são gratuitas. Agendamento de grupos e escolas pode ser feito através do (81) 3355.6871 ou pelo e-mail educativo@mamam.art.br.