Na exposição “SORTERRO Cap. 5” a artista visual Juliana Notari apresenta a vídeoperformance Soledad e a videoinstalação MIMOSO. Os vídeos foram realizados na cidade de Belém do Pará.
Em Soledad, projeto premiado no Arte Pará 2014, a artista limpa um mausoléu abandonado. Segundo o crítico de arte Paulo Herkenhoff, “A obra faz relação de confronto ou conciliação com a morte e relembra um período da história não vivido pela artista. A limpeza do jazigo recebe avivamento. No processo ela o deixa limpo e a sua roupa, que era branca, vai se impregnar desse limo, signos da morte. A obra trata a arte como algo que permeia tanto a nossa existência quanto a morte, dimensão da vida”.
Já em MIMOSO, na Ilha de Marajó, a artista é amarrada e arrastada pela areia da praia pelo búfalo Mimoso, que seria castrado em seguida. Após a castração do búfalo, ela come seu testículo cru. A prática cotidiana local é, portanto, transformada em ritual através da ação artística. O projeto foi contemplado na primeira edição do Edital Prêmio Funarte Mulheres nas Artes Visuais.
Curadoria de Clarissa Diniz.